Intel e MediaTek fazem parceria para levar 5G a notebooks31 formas de uso da internet 5G
O negócio custou à Apple cerca de US$ 1 bilhão, mas o valor é pequeno frente aos benefícios que a companhia poderá alcançar: ao ter uma divisão própria focada em desenvolvimento de chips para comunicação móvel, a companhia diminui a sua dependência de soluções de terceiros — ou, para ser mais direto, precisa recorrer menos à Qualcomm. Para a Intel, manter a divisão não fazia mais sentido. Quando Apple e Qualcomm fecharam um acordo para botar fim às disputas judiciais que travavam, as duas empresas voltaram a fechar contratos para fornecimento de chips. Esse movimento tirou a Intel do jogo: a Apple era a única cliente que fazia a sua divisão de modems móveis ser viável.
Encurralada, a Intel se viu obrigada a abandonar esse mercado. Pouco tempo depois, a companhia concordou em vender a sua divisão de modems para a Apple. Mas o montante de US$ 1 bilhão obtido aparenta ser, quando muito, um prêmio de consolação. Isso porque a Intel dá a entender que investiu vários bilhões de dólares no desenvolvimento de chips na divisão vendida à Apple. Se foi assim, não seria o caso de manter a divisão e buscar uma nova clientela? Talvez. Mas, em nota, a Intel afirma que foi obrigada a fazer a venda por conta de estratégias da Qualcomm que considera anticompetitivas. Ainda de acordo com a Intel, uma dessas estratégias consistia em uma cobrança desproporcional de patentes: a Qualcomm detém uma parcela importantíssima de propriedade intelectual relacionada ao desenvolvimento de chips para redes móveis, mas cobrava valores tão altos de royalties que os modems da Intel acabavam custando o dobro do preço praticado pela rival. Aí não tem negócio que resista. Atualmente, as supostas ações anticompetitivas da Qualcomm estão sendo analisadas em um processo antitruste movido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês). Com informações: Reuters.