Oi pede à Justiça que prorrogue recuperação judicialOperadoras vão ao STF contra lei estadual que proíbe apps em planos de celular
Teles, que antes acumulava a função de diretor operacional, cedeu a posição para Rodrigo Abreu, ex-CEO da TIM e um dos principais cotados para assumir a direção executiva da Oi. A operadora deverá indicar o nome do substituto para o cargo, a ser informado também ao Juízo da Recuperação Judicial e ao Ministério Público do Rio de Janeiro. A notícia chega pouco tempo depois da operadora anunciar (tardiamente) os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2019, com prejuízo de R$ 5,7 bilhões e crescimento de 17% na dívida líquida. Durante a semana, a Oi também pediu à Justiça a prorrogação da Recuperação Judicial, inicialmente previsto para fevereiro de 2020. Eurico Teles foi um dos nomes mais importantes na história da Oi: o executivo assumiu o posto de CEO em dezembro de 2017 e foi o responsável por apresentar o plano de recuperação judicial logo no mês seguinte. A operadora acumulava dívidas de R$ 65 bilhões e teve o maior processo de recuperação judicial da América Latina, ultrapassado pouco tempo depois pela empreiteira Odebrecht. Entre os seus feitos, Teles conseguiu reestruturar a dívida da companhia com a conversão de títulos de credores em ações da empresa. No terceiro trimestre de 2019 aingiu a cifra de R$ 14,7 bilhões. Além disso, apresentou ao mercado um ousado plano estratégico, com foco em serviços residenciais e expansão de fibra óptica para 16 milhões de residências até 2021. Na conferência de divulgação dos resultados, o CEO afirmou que já conta com auxílio de consultores financeiros para avaliar o negócio de mobilidade, e que há interesse de venda se houver uma condição para consolidação. As concorrentes Claro, TIM e Vivo já se mostraram interessadas.