Anéis de árvores podem ajudar a prever tempestades solares catastróficasSinais do campo magnético da Terra são transformados em sons; ouça agora
O show de luzes coloridas iluminou o céu norueguês por volta das 18h (horário local) de uma quinta-feira e durou cerca de 2 minutos. Quem testemunhou e registrou o momento foi um grupo de turismo liderado pelo guia Markus Varik. Eles estavam na cidade de Tromsø, no norte da Noruega, um dos melhores lugares do mundo para observar as auroras. Ali, os habitantes estão acostumados com as visões coloridas no céu, mas o que viram naquela noite era algo bem fora do comum.
“Saímos cedo ontem à noite (2 de novembro) para perseguir as luzes — e, que surpresa!”, disse Varik, “estas foram as auroras cor-de-rosa mais fortes que eu vi em mais de uma década como líder de turismo”. O fenômeno aconteceu quando a tempestade solar abriu um buraco no campo magnético do planeta. Por causa desse “buraco”, as partículas carregadas do Sol penetraram na nossa atmosfera mais profundamente que o normal. Geralmente, elas se limitam a altitudes mais superiores, entre 100 a 300 km de altitude, onde a interação com átomos abundantes de oxigênio da atmosfera formam as luzes verdes. No dia 3, entretanto, as partículas solares chegaram a 100 km de altitude, onde o nitrogênio é o gás mais abundante. Como resultado, as auroras emitiram um brilho rosa neon quando as partículas super carregadas da tempestade geomagnéticas colidiram com o nitrogênio.
A tempestade solar
Essa tempestade geomagnética foi do tipo G1, uma classificação para os eventos mais “leves”, apresentando poucos riscos de impactos sérios para satélites em órbita e sistemas elétricos na Terra. O evento durou mais de 6 horas, período no qual a rachadura no campo magnético da Terra se abriu, permitindo a entrada do vento solar. Além das auroras cor-de-rosa, faixas azuis misteriosas apareceram na Suécia. Esse fenômeno espantou os especialistas e ainda não há uma explicação concreta.
Cientistas acreditam que nos próximos anos visões como estas serão mais frequentes devido ao máximo solar, o período que ocorre a cada 11 anos em que a atividade em nosso Sol aumenta e as tempestades geomagnéticas se tornam bem maios numerosas. Fonte: Live Science, Space Weather (1, 2)