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Essa condição passou a ser chamada de síndrome da fermentação intestinal, também conhecida como síndrome da autofermentação, e é responsável por elevar os níveis de álcool no sangue, mesmo sem nenhuma ingestão de álcool. Por enquanto, a causa exata ainda é pouco compreendida pela ciência. Normalmente, a fermentação no intestino é removida antes que consiga entrar no fluxo sanguíneo, mas o paciente com a síndrome da fermentação intestinal produz álcool em quantidade maior que aquela que pode ser removida nesse processo. A doença pode ser encontrada em indivíduos saudáveis, mas há maior incidência em pessoas que sofrem de comorbidades como diabetes, doenças hepáticas relativas à obesidade, doença de Crohn ou crescimento excessivo das bactérias do intestino grosso. Conforme sugere a comunidade científica, uma variação genética específica é responsável por reduzir a capacidade do fígado de decompor etanol. Com isso, qualquer fermentação no intestino pode resultar em acúmulo dos níveis dessa substância. Estudos também já chegaram a revelar que uma combinação de fatores aumenta o risco da síndrome, como por exemplo fungos e bactérias produtores de álcool. Nesse caso, o mais comum é do gênero Candida, o que engloba as leveduras Candida albicans, Candida kefyr e Candida galbrata, além de Saccharomyces cerevisiae, a levedura usada na produção de vinho e cerveja. Os cientistas apontam que refeições ricas em carboidratos podem contribuir para a síndrome, pois elas fornecem aos micróbios grande quantidade de matéria-prima para ser transformada em álcool. Fonte: BBC Future