Segundo o jornal, o Spotify fechou acordos com representantes de artistas que não têm contratos com gravadoras. Na negociação, os artistas podem manter os direitos autorais de suas criações e ter acesso a uma participação maior no faturamento, que aumenta de acordo com o número de reproduções da música.
Quão maior? Em regra, o Spotify paga às gravadoras aproximadamente 52% da receita gerada pelas reproduções de músicas. Dessa fatia, somente algo entre 15% e 50% é repassado aos artistas. Com as gravadoras fora do acordo, os artistas podem ter acesso a toda essa fatia. Fala-se que as negociações atuais são “modestas”, com adiantamentos de ”dezenas ou centenas de milhares de dólares”. As gigantes Universal, Sony e Warner não comentam publicamente as negociações, mas “executivos da indústria da música tem indicado que poderiam punir o Spotify ao reterem as licenças que a empresa precisa para se expandir na Índia”, de acordo com o New York Times. Além disso, esse movimento pode complicar as próximas negociações do Spotify com o trio — os atuais contratos expiram em 2019. Enquanto isso, o Spotify diz que “não detemos direitos sobre nenhuma música, e não estamos agindo como uma gravadora”. Talvez isso signifique uma mudança completa na indústria fonográfica. Ou um futuro bem turbulento para o Spotify (que ainda não dá lucro).