Cliente da Oi Móvel: descubra se você vai para Claro, TIM ou VivoQual a diferença entre faturamento, lucro e receita?
Sobre esse último aspecto, a empresa destaca o impacto dos índices inflacionários e da compra da Oi Móvel. O reajuste dos salários e benefícios dos funcionários e o aumento na participação nos resultados representaram uma alta de 13,5% nos gastos com pessoal, na comparação ano a ano. Os custos e despesas operacionais normalizados tiveram alta de 25% em relação ao segundo trimestre de 2021, passando de R$ 2,306 bilhões para R$ 2,882 bilhões. A TIM diz que o recuo nos lucros era esperado, pelas despesas relacionadas à acomodação dos ativos móveis da Oi. A companhia destaca o crescimento do Ebitda — lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, que reflete as atividades operacionais da empresa. Essa métrica teve um crescimento de 18,3%.
TIM – Resultados financeiros do 2º trimestre de 2022
Confira os principais indicadores do balanço da TIM Brasil do segundo trimestre de 2022 e a comparação com o mesmo período do ano anterior:
Clientes da Oi Móvel gastam menos
A chegada dos clientes da Oi Móvel foi responsável por um salto enorme na base móvel de clientes da TIM. No segundo trimestre de 2021, eram 51,341 milhões; agora, são 68,695 milhões, um crescimento de 33,8%. Isso provocou um forte aumento nas receitas líquidas: elas tiveram um aumento de 21,8%, saindo de R$ 4,407 bilhões no segundo semestre de 2021 para R$ 5,368 bilhões no segundo semestre de 2022. No serviço móvel, essa alta foi de 23%, passando de R$ 3,983 bilhões para R$ 4,899 bilhões. Basta olhar esses números para verificar que o aumento no número de clientes não foi acompanhado pelo crescimento da receita. Por isso, a empresa também destaca o crescimento de alguns números desconsiderando a aquisição e seus efeitos. Sem os clientes da antiga concorrente, o crescimento na receita do serviço móvel seria de 12,6% em comparação com o ano anterior. A TIM diz que esta é a maior alta nos últimos 10 anos. Os efeitos dos clientes da Oi Móvel nas contas da TIM também são bastante evidentes ao analisar a receita média por usuário (ARPU) do serviço móvel. No comunicado, a empresa diz que a chegada dos acessos dos novos consumidores diluiu a métrica tanto no pós-pago quanto no pré-pago. Nos indicadores operacionais, a ARPU no serviço móvel ficou praticamente estável, com R$ 25,80 mensais. Deixando de lado o efeito dos clientes da Oi, o crescimento do ARPU no móvel foi de 10,7% em relação ao mesmo trimestre de 2021. O valor fica em R$ 28,50 mensais. Ou seja: os consumidores da Oi gastam, em média, menos que os que já estavam na TIM.
TIM Live cresce em clientes e receita
Os serviços fixos da TIM representam uma parte pequena dos negócios da empresa. A receita deles foi de R$ 303 milhões no segundo trimestre de 2022, 7,1% a mais que no mesmo período do ano anterior. Destes, R$ 197 milhões correspondem ao TIM Live, uma alta de 10%. O TIM Live também cresceu em número de clientes. Agora, são 479 milhões, 4,9% a mais que no segundo trimestre de 2021. Já a base de clientes de telefonia fixa teve uma queda de 8,6%, passando de 837 milhões para 764 milhões.
C6 Bank e health tech
A TIM também destacou que possui uma participação indireta acumulada de 5,16% no capital do C6 Bank. A operadora e o banco têm uma parceria desde 2020, com descontos nos serviços de telefonia e internet para quem é correntista do banco. Quando algumas metas são batidas, a TIM recebe bônus de subscrição do C6 Bank. Nos planos para o segundo semestre de 2022, a TIM diz estar negociando com um parceiro de healthtech para sua plataforma de clientes. Com informações: TIM Brasil.